BP:Como surgiu a Porto Mediterrâneo? Qual o diferencial da empresa no mercado?
Os sócios da Porto Mediterraneo são sócios em outra empresa, uma trading company, mais antiga. Em 2006 os sócios pretendiam diversificar os seus negócios e, após a análise de algumas oportunidades de mercado e levando em conta a paixão de um dos sócios pelo vinho, criou-se a Porto Mediterraneo.
Quanto ao diferencial da empresa, acho difícil de responder. Existem muitas importadoras no Brasil, sendo algumas muito boas. Nós tentamos ser profissionais ao máximo. Ter produtos com excelente relação entre preço e qualidade, ter um bom serviço de venda e pós-venda, dentre outras coisas. Um fator importantíssimo é a construção do portfolio. Ter um portfolio grande o suficiente para não pecar por falta de opções e pequeno suficiente para não gerar competição entre os produtos do próprio portfolio é um desafio. No que se refere a este tema, eu acredito que estamos indo muito bem.
BP: No mercado atual encontra-se uma grande variedade de vinhos, poderia nos contar quais são as novidades recentes e um pouco das suas características?
Uma das novidades, apesar de não muito recente, são os vinhos biodinâmicos. No Brasil o mercado para este tipo de produto ainda é restrito, as pessoas não procuram muito. Na Europa esta procura é maior. Eu vejo essa tendência com algumas restrições, por alguns motivos. Primeiro que o processo de certificação do produtor e seus produtos é burocrático e caro, encarecendo o produto final. Segundo, e mais importante: as entidades certificadoras, ao impor as regras e procedimentos permitidos ao produtor, fazem com que ele acabe por não ter liberdade no processo produtivo, o que, em última análise, pode não ser favorável. Obviamente que todos queremos que o vinho que estamos tomando seja o mais natural possível, mas a falta de flexibilidade pode, em alguns casos, comprometer a qualidade.
BP: Qual a importância do nosso curso de pós-graduação em enogastronomia para o mercado enológico?
Acho que a profissionalização dos envolvidos no mundo do vinho é importantíssima para o desenvolvimento do setor no Brasil. Apesar de termos um consumo pequeno, o mercado brasileiro é um dos mais competitivos do mundo e está em forte expansão. Este cenário requer a existência de profissionais qualificados, com embasamento técnico e experiência. Nesse sentido, entendo que o curso tem muita importância.
BP:Particularmente falando, eu gostei muito do site da Porto Mediterrâneo, desde o layout até as informações completas. Vocês trabalham com vendas virtuais para outras cidades do Brasil e outros países?
Precisamos utilizar mais o nosso website como ferramenta de comunicação com os nossos clientes/consumidores. Para tanto, estamos promovendo algumas mudanças, buscando dar um pouco mais de interatividade ao site, com novidades constantes e informações sobre os nossos eventos. Não realizamos vendas virtuais. Temos alguns clientes que as fazem, mas não nós diretamente.
BP: Aqui no nosso blog temos uma enquete: Qual a trilha sonora para a sua degustação?
Os sócios da Porto Mediterraneo são sócios em outra empresa, uma trading company, mais antiga. Em 2006 os sócios pretendiam diversificar os seus negócios e, após a análise de algumas oportunidades de mercado e levando em conta a paixão de um dos sócios pelo vinho, criou-se a Porto Mediterraneo.
Quanto ao diferencial da empresa, acho difícil de responder. Existem muitas importadoras no Brasil, sendo algumas muito boas. Nós tentamos ser profissionais ao máximo. Ter produtos com excelente relação entre preço e qualidade, ter um bom serviço de venda e pós-venda, dentre outras coisas. Um fator importantíssimo é a construção do portfolio. Ter um portfolio grande o suficiente para não pecar por falta de opções e pequeno suficiente para não gerar competição entre os produtos do próprio portfolio é um desafio. No que se refere a este tema, eu acredito que estamos indo muito bem.
BP: No mercado atual encontra-se uma grande variedade de vinhos, poderia nos contar quais são as novidades recentes e um pouco das suas características?
Uma das novidades, apesar de não muito recente, são os vinhos biodinâmicos. No Brasil o mercado para este tipo de produto ainda é restrito, as pessoas não procuram muito. Na Europa esta procura é maior. Eu vejo essa tendência com algumas restrições, por alguns motivos. Primeiro que o processo de certificação do produtor e seus produtos é burocrático e caro, encarecendo o produto final. Segundo, e mais importante: as entidades certificadoras, ao impor as regras e procedimentos permitidos ao produtor, fazem com que ele acabe por não ter liberdade no processo produtivo, o que, em última análise, pode não ser favorável. Obviamente que todos queremos que o vinho que estamos tomando seja o mais natural possível, mas a falta de flexibilidade pode, em alguns casos, comprometer a qualidade.
BP: Qual a importância do nosso curso de pós-graduação em enogastronomia para o mercado enológico?
Acho que a profissionalização dos envolvidos no mundo do vinho é importantíssima para o desenvolvimento do setor no Brasil. Apesar de termos um consumo pequeno, o mercado brasileiro é um dos mais competitivos do mundo e está em forte expansão. Este cenário requer a existência de profissionais qualificados, com embasamento técnico e experiência. Nesse sentido, entendo que o curso tem muita importância.
BP:Particularmente falando, eu gostei muito do site da Porto Mediterrâneo, desde o layout até as informações completas. Vocês trabalham com vendas virtuais para outras cidades do Brasil e outros países?
Precisamos utilizar mais o nosso website como ferramenta de comunicação com os nossos clientes/consumidores. Para tanto, estamos promovendo algumas mudanças, buscando dar um pouco mais de interatividade ao site, com novidades constantes e informações sobre os nossos eventos. Não realizamos vendas virtuais. Temos alguns clientes que as fazem, mas não nós diretamente.
BP: Aqui no nosso blog temos uma enquete: Qual a trilha sonora para a sua degustação?
Sempre que penso em harmonizar vinho com música, o que é raro, procuro escolher uma trilha sonora da mesma origem do vinho (ex: Edith Piaf com um belo borgonha). Às vezes é legal, mas é difícil de operacionalizar. Na minha opinião o vinho precisa ser algo mais fácil, sem formalidades, mais acessível. É uma bebida para muitos momentos. Adoro a companhia do vinho enquanto cozinho ou durante um bom filme.
BP: Para você qual e a harmonização ideal e faça-nos uma sugestão de 5 vinhos que devemos ter o prazer de degustar.
De maneira geral, gosto muito de harmonizar vinhos e pratos de uma mesma região, como um bom malbec com um assado mal passado, ambos argentinos, ou uma açorda de bacalhau com um tinto leve alentejano.
Agora, se for para escolher “a harmonização ideal”, penso que foie gras com o SURAZO LATE HARVEST SEMILLON/RIESLING 2004 é uma combinação campeã.
Com relação à sugestão de vinhos para degustação, poderia indicar, além do Surazo Late Harvest, os seguintes vinhos:
HERDADE DAS BARRAS 2005 – Portugal – Alentejo.
Um dos 120 melhores vinhos do mundo, sem limite de preço, de acordo com o International World Challenge – IWC, de Londres. Uma experiência memorável.
PASANAU EL VELL COSTER 2006 – Espanha – Priorat.
Um grande vinho, feito de uvas procedentes de vinhedos de mais de 60 anos. Potente e intenso como se espera de um Priorat, mas elegante e equilibrado como poucos desta região. Produz-se em torno de mil garrafas deste vinho por ano. Restam apenas 36 garrafas desta safra, as quais chegam ao Brasil dentro de aproximadamente 2 meses.
CAVAS DE LOS ANDES MALBEC GRAN RESERVA 2007 – Argentina – Mendoza – Luján de Cuyo.
Um grande malbec. Potente, mas sem excessos de madeira e com seus 14,5% de álcool completamente integrados, sem sobras. Notas de frutas vermelhas muito presentes. Delicioso. Um dos 5 melhores Malbec na faixa entre R$ 100,00 e R$ 200,00, segundo o Guia 4 Rodas de Vinhos (vol 4 – 2009).
SURAZO CABERNET SAUVIGNON GRAN RESERVA 2002 – Chile – Vale do Rapel.
Melhor Cabernet Sauvignon do Chile de acordo com a Revista Vinho Magazine (Ed. 84 – 2009). Um vinho complexo, fino e elegante, com estilo do velho mundo.
Agradeço imensamente por esta entrevista
De maneira geral, gosto muito de harmonizar vinhos e pratos de uma mesma região, como um bom malbec com um assado mal passado, ambos argentinos, ou uma açorda de bacalhau com um tinto leve alentejano.
Agora, se for para escolher “a harmonização ideal”, penso que foie gras com o SURAZO LATE HARVEST SEMILLON/RIESLING 2004 é uma combinação campeã.
Com relação à sugestão de vinhos para degustação, poderia indicar, além do Surazo Late Harvest, os seguintes vinhos:
HERDADE DAS BARRAS 2005 – Portugal – Alentejo.
Um dos 120 melhores vinhos do mundo, sem limite de preço, de acordo com o International World Challenge – IWC, de Londres. Uma experiência memorável.
PASANAU EL VELL COSTER 2006 – Espanha – Priorat.
Um grande vinho, feito de uvas procedentes de vinhedos de mais de 60 anos. Potente e intenso como se espera de um Priorat, mas elegante e equilibrado como poucos desta região. Produz-se em torno de mil garrafas deste vinho por ano. Restam apenas 36 garrafas desta safra, as quais chegam ao Brasil dentro de aproximadamente 2 meses.
CAVAS DE LOS ANDES MALBEC GRAN RESERVA 2007 – Argentina – Mendoza – Luján de Cuyo.
Um grande malbec. Potente, mas sem excessos de madeira e com seus 14,5% de álcool completamente integrados, sem sobras. Notas de frutas vermelhas muito presentes. Delicioso. Um dos 5 melhores Malbec na faixa entre R$ 100,00 e R$ 200,00, segundo o Guia 4 Rodas de Vinhos (vol 4 – 2009).
SURAZO CABERNET SAUVIGNON GRAN RESERVA 2002 – Chile – Vale do Rapel.
Melhor Cabernet Sauvignon do Chile de acordo com a Revista Vinho Magazine (Ed. 84 – 2009). Um vinho complexo, fino e elegante, com estilo do velho mundo.
Agradeço imensamente por esta entrevista